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A criação da IA é como a bomba atômica — mas o TikTok pode ser ainda mais perigoso

  • Foto do escritor: Trinia
    Trinia
  • 30 de jul.
  • 3 min de leitura
Sam Altman
Sam Altman compara a criação da IA como bomba atômica e alerta: o TikTok pode ser mais perigoso para o futuro das crianças. Entenda por quê.

A ameaça invisível por trás da inovação

Durante uma entrevista ao podcast This Past Weekend, com o comediante Theo Von, o CEO da OpenAI, Sam Altman, fez uma comparação impactante: a criação da inteligência artificial seria como o desenvolvimento da bomba atômica. Mas o que mais chamou atenção foi o alerta que veio logo em seguida — para ele, plataformas como o TikTok podem ser ainda mais perigosas.


“Há momentos em que os cientistas olham para suas criações e pensam: ‘O que foi que fizemos?’” — Sam Altman

O problema? Enquanto os perigos da IA ainda estão em construção, os danos causados pelas redes sociais já são visíveis, profundos e imediatos, principalmente no desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.


O dilema moral da criação da IA como bomba atômica

Altman resgata o drama vivido pelos físicos do Projeto Manhattan em 1945, quando assistiram à primeira explosão nuclear. Hoje, engenheiros da IA vivem o mesmo conflito: estão criando algo com potencial transformador, mas também destrutivo, dependendo de como for usado.

A corrida pela IA não tem linha de chegada, segundo Altman. Não há consenso sobre o destino, apenas uma competição frenética, movida por avanços tecnológicos e interesses comerciais.


TikTok e vídeos curtos: uma ameaça silenciosa

O impacto cerebral dos vídeos curtos

Em sua fala mais provocadora, Sam Altman aponta que reels, TikTok e o consumo de dopamina constante são mais nocivos, no curto prazo, do que os riscos especulativos da IA.

“Tenho a sensação de que isso está interferindo profundamente no desenvolvimento do cérebro das crianças”, afirmou.

Esse ciclo de estímulo-recompensa está moldando comportamentos, afetando a atenção, o sono e o bem-estar emocional de toda uma geração.


Geração Z adaptável, adultos em risco

Apesar da crítica, Altman também vê uma vantagem na Geração Z: crianças que crescem com tecnologia tendem a se adaptar mais facilmente aos novos contextos.

“Crianças aprendem os novos tipos de trabalho. Se você tem 50 anos e precisa reaprender tudo, isso raramente funciona.”

Esse cenário pressiona ainda mais o sistema educacional tradicional, que, segundo Altman, está obsoleto frente ao avanço da IA. Inclusive, quando perguntado se seu filho iria para a universidade, respondeu: “Provavelmente não.”


Companheiros artificiais: a solidão disfarçada

Outro ponto crítico da entrevista foi o alerta sobre companheiros artificiais (AI companions). Embora promovam conforto e companhia, essas tecnologias correm o risco de substituir vínculos humanos reais, gerando um aumento da solidão digital.

Além disso, Altman defende que conversas com IAs devem ser confidenciais como sessões com terapeutas, a fim de evitar vazamentos e abusos.


O futuro é imprevisível — e é isso que o torna fascinante

Altman encerra com uma provocação:

“Em 1900, era impossível imaginar como seria o mundo em 2000. E, em 2000, ficou ainda mais difícil prever como será 2100.”

A beleza da tecnologia, para ele, está justamente em sua imprevisibilidade — e em nossa responsabilidade diante dela.


Conclusão: o perigo real pode estar nas nossas mãos

Enquanto muitos se preocupam com robôs dominando o mundo, o verdadeiro desafio pode já estar no bolso de cada um de nós — em forma de uma rede social viciante. A fala de Altman nos convida a refletir: estamos prestando atenção no que realmente importa?


👉 Compartilhe este post com alguém que precisa repensar o uso da tecnologia. O futuro depende disso.

 
 
 

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